O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA) lançam um estudo sobre o acolhimento prestado em serviços públicos no Brasil a jovens vivendo com HIV. Os dados e informações coletadas poderão ser utilizadas para guiar políticas públicas relacionadas ao tema. 

Público-alvo  

O estudo será implementado pela Oppen Social, instituto especializado em pesquisas sociais, e o foco desse estudo são jovens e adolescentes entre 18 e 30 anos, que vivem com HIV, de várias partes do país, e que usam os serviços de saúde para exames, adesão, tratamento e acompanhamento. 

Com base em uma ampla escuta, a pesquisa a ser usada como referência ao estudo será feita via entrevistas e questionários online com adolescentes e jovens que vivem com HIV.

Além das informações coletadas online durante a realização do estudo, serão realizadas, no mês de março, rodas de conversa em sete capitais brasileiras, sendo quatro na Região Nordeste, duas na Região Norte e uma na Região Sudeste. 

“A partir desse estudo teremos dados concretos sobre as dificuldades que os jovens encontrão para o acesso e permanência nos serviços de saúde. Esse estudo será um norte para criação de ações e projetos que venham responder de uma forma efetiva e eficaz essas problemáticas.”, diz Katy Rodrigues, coordenadora de Engajamento Comunitário da RNAJVHA.  

Sobre o Estudo 

Com o nome “Nós somos a resposta: adolescentes e jovens vivendo com HIV/AIDS e o acesso aos serviços de saúde no Brasil”, o estudo busca ouvir essa população sobre suas impressões e experiências na rede de atendimento de saúde, a fim de entender o processo de acolhimento e retenção dos adolescentes e jovens que vivem com HIV. 

“Os dados coletados no estudo são necessários porque nos dão um direcionamento de onde e quais são as principais barreiras de jovens vivendo com HIV para acessar os serviços de saúde do Brasil. São uma ferramenta importante para mapeamento e direcionamento para futuras implementações de políticas públicas.”, ressalta Ariadne Ribeiro, oficial de Igualdade e Direito do UNAIDS. 

Os resultados do estudo serão apresentados de forma agregada, sendo garantido o anonimato das pessoas participantes, na medida em que não haverá a possibilidade de acesso a dados pessoais. 

“Vamos ouvir diretamente adolescentes e jovens vivendo com HIV, que usam os serviços públicos de saúde e, com o resultado, propor políticas públicas para melhorar a qualidade e acesso a estes serviços. Isso faz parte dos esforços integrados pelas Nações Unidas para que, até 2030, 95% das pessoas com exposições de risco sejam testadas, 95% das que tiverem resultado positivo estejam em tratamento, e 95% destas tenham carga viral suprimida”, diz a chefe do programa de Saúde e HIV do UNICEF no Brasil, Cristina Albuquerque. 

O Estudo será realizado entre os dias 13 de março e 03 de abril de 2023 e poderá ser acessado aqui.